Os Louvores das Criaturas

Os Louvores das Criaturas

São Francisco de Assis, Santo, 1182 – 1226

“Irmã Clara e vós, meus irmãos, ouvi a canção que me foi dada nas minhas provações para maior glória do Pai e como consolação para todos os homens”, disse ele alegremente. E então começou a cantar a canção em que ele, que estava prestes a deixar o mundo, agradecia a seu Deus mais uma vez o esplendor de sua criação:

“Altíssimo, onipotente, bom Senhor,
A Ti glória, louvor, honras e bênção:
Pois só Tu as mereces
E nenhum homem é digno de dizer o Teu nome. Continue lendo Os Louvores das Criaturas

Sonhos que Ensinam

Sonhos também ensinam

Beatriz Lobo

Em meus sonhos eu tenho asas e voo por muitos lugares, os que eu mais gosto são os voos sobre as águas do mar, sobre as praias, rios e campos, esses sonhos são restauradores. Voei uma única vez de ultraleve, numa visita à cidade do Rio de Janeiro, e para minha surpresa ficar ali suspensa no ar, planando nas correntes do vento, não foi uma sensação nova, foi a mesma sensação que sinto nos sonhos.

Às vezes esses sonhos me surpreendem e um deles virou um pesadelo. Sonhei que estava voando por entre os prédios de uma cidade, ia em direção a uma janela onde havia uma criança que estava à minha espera. Entrei pela janela do quarto e fiquei ali por algum tempo brincando com essa criança. De repente, do prédio ao lado ouvi a voz da minha mãe:

_ Bia, vem pra casa, já está tarde. Continue lendo Sonhos que Ensinam

ROSÁRIO

 

Beatriz Lobo

Com um pedaço de fio e nós franciscanos, emendo Pai Nossos com Ave Marias. Por muitas vezes sem entender o que acontece em meu entorno  ou a agitação que se forma em meu interior, e sem mesmo pensar no que estou construindo com esses fios e essas contas, caminho pela vida de Cristo. Aos poucos vejo minhas feridas sendo cuidadas e sinto o amor que me envolve a suavizar meu interior me dando forças e coragem para continuar pelo caminho.

De onde vens?

Simeão, o Novo Teólogo (c. 949-1022), monge grego. Hinos, n°29 (a partir da trad. SC 174, pp. 315ss).

De onde vens? Como penetras,
no interior da minha cela,
fechada de todos os lados?
Com efeito, isto é estranho,
ultrapassa a palavra e o pensamento.
Mas o facto de vires até mim,
subitamente todo inteiro, e de brilhares,
o facto de Te deixares ver sob uma forma luminosa,
como a Lua na sua plena luz,
deixa-me incapaz de pensar
e sem voz, meu Deus!
Sei bem que és
Aquele que veio para iluminar
os que estão nas trevas (Lc 1,79),
e fico estupefacto,
fico privado de senso e de palavras
ao ver tão estranha maravilha
que ultrapassa toda a criação,
toda a natureza e todas as palavras. […] Continue lendo De onde vens?